segunda-feira, maio 31, 2010

Visita das minhas orientadoras


Gostaria de destacar os comentários feitos pela professora Célia e Nazareth durante a visita do dia 22/06, pois acho que vem de encontro com o que vou escrever na reflexão semanal.

Célia Said
at 9:48 pm on May 25, 2010Delete
Oi Reselana, a nossa visita foi mesmo breve, mas capaz de perceber alguns traços importantes da tua relação com o espaço da escola, a sala de aula, as atividades dos alunos que pudemos ver e, ainda, os próprios, saindo em despedida com uma vontade de interagir com a professora e as visitas. Foi mesmo proveitoso. Uma ótima continuidade de trabalho. abç, Célia
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Maria de Nazareth said
at 4:54 pm on May 28, 2010Delete
Roselana, no pouco tempo em que estivemos contigo, foi possível perceber a maneira pela qual obtens excelentes resultados com teus alunos. O ambiente que vocês criaram está humanizado pelas presenças carinhosas, os materiais bem cuidados e pedagógicos. Enfim, foi uma boa experiência tê-los conhecido, ainda que brevemente.

Percebo que com o passar dos dias a maioria dos meus alunos sentem-se mais à vontade para expor suas idéias e ler seus trabalhos para os colegas.
Entendo que expressar-se oralmente é algo que requer confiança em si mesmo. Isso se conquista em ambientes favoráveis a manifestação do que se pensa, do que se sente, do que se é. Assim, o desenvolvimento da expressão oral do aluno depende consideravelmente de um ambiente que respeite a escolha, a vez e a voz, as diferenças e a diversidade. Escrevi isso porque no planejamento da semana, mais precisamente na quinta feira trabalhei com formação de frases e também com uma atividade onde os alunos tinham que descrever suas casas: quantos cômodos, janelas, portas, quantas pessoas vivem na casa, cor, pátio, etc. Alguns descreveram nos mínimos detalhes, outros foram bem sucintos, mas deixei bem livre, até porque a professora Nazareth já havia pedido para que tomasse cuidado com essa a tividade para não constranger o aluno. Hoje eles já se sentem bem à vontade com o grande grupo, por isso a maioria não teve problemas em ler suas produções na sala para todos. Foi muito gratificante, pois como tenho alguns alunos que mesmo estando no 3º ano ainda não estão alfabetizados, vejo que com esse tipo de atividade vou poder ajudá-los ainda mais procurando assim sanar pelo menos um pouco de suas dificuldades.

Ana Teberoski destaca em seu livro, em parceria com Emília Ferreiro (1979), destaca a importância de ouvir a leitura de textos em voz alta como maneira de ampliar a idéia de quem está aprendendo sobre o processo de construção da escrita. A entonação da voz, as pausas e o ritmo são aspectos que devem ser um exercício constante, pois ajuda os alunos a compreender melhor a relação entre o som e a língua escrita.

segunda-feira, maio 24, 2010

Aprendedo com a pesquisa


No decorrer da semana percebi o quanto a pesquisa estudada durante o curso do PEAD é importante para o processo de aprendizagem do nosso aluno. Com a pesquisa ele busca conhecimento, facilitando assim seu aprendizado e de todas as pessoas do seu convívio, buscando com isso a compreensão e interpretação do mundo. No planejamento da semana VI trabalhei os animais vertebrados e invertebrados, costumava chegar com o conceito pronto para que fizessem os registros em seus cadernos. Desta vez lancei um desafio, pedi para os alunos fazerem pesquisas em livros, revistas e na internet. Só quatro alunos trouxeram respostas, mas as aulas tomaram um rumo bem diferente do que eu imaginava. O que eles pesquisaram foi muito além do previsto no planejamento: subgrupos, como vivem, do que se alimentam, coberturas, entre outras curiosidaddes. Pedi para que os alunos que trouxeram as pesquisas lessem para os colegas, fizemos as correções necessárias e colocamos na parede juntamente com um painel confeccionado por eles com gravuras recortadas em aula. A pesquisa ainda continua, pois hoje um menino trouxe mais curiosidades sobre mariposas. Mesmo com um número pequeno de alunos que fizeram a pesquisa houve o envolvimeto de todos da turma.

"Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervenho, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade". Paulo Freire "Pedagogia da Autonomia" (p. 32)

terça-feira, maio 18, 2010

A importância de conhecer mais nosso aluno

Para Maturana e Varela o mundo não é pré-dado, e o construímos ao longo de nossa interação. Para eles vivemos num mundo e por isso fazemos parte dele e que vivemos com os outros seres vivos, e, portanto, compartilhamos com eles o processo vital. Construímos o mundo em que vivemos ao longo de nossas vidas. Por sua vez, ele também nos constrói no decorrer dessa viagem comum. Assim, se vivemos e nos comportamos de um modo que torna insatisfatória nossa qualidade de vida, a responsabilidade cabe a nós, esse trecho foi retirado do livro "Árvore do Conhecimento" de Maturana e Varela, apresentado pela professora de psicologia Luciane Corte Real.

Como essa semana trabalhei com meus alunos a árvore geneológica achei de grande relevância este trecho do texto de Maturana, biólogo que fundou em Santiago, o Instituto de Formação Matriztica, um espaço relacional que favorece a ampliação de compreensão de todos os domínios de existência humana.
Percebi como alguns alunos têm dificuldades de falar sobre suas vidas. Assim como a maioria de meus colegas tenho alunos que não são criados pelos pais biológicos, por vários motivos: morte, separação, abandono, etc... Por isso ficam inibidos, então em vez de fazer relatos e expor suas vidas preferem representá-las através de desenhos. A aluna Jaqueline me disse que sua mãe foi embora para Santa Catarina e que mora com seu pai e sua avó. Enquanto falava notei que em seus olhos brotavam lágrimas, fiquei pensando o quanto era dolorido para ela falar sobre o assunto. Então percebi o quanto é importante conhecer nosso o aluno para entender o por quê as vezes não conseguem acompanhar o restante da turma, choram atoa ou apresentam atitudes agressivas. Outro caso é o do Mateus, criado por uma tia. Ele disse ter perdido seus pais em um acidente, mas também não deu detalhes, falou que odeia amor e carinho e não gosta da cor vermelha.
O Luis Henrique mora com a avó e a mãe, mas avó é quem é responsável pelo aluno, pois sua mãe quando aparece na escola está sempre sob o efeito de drogas. É muito agressiva e não gosto de falar com ela sobre o seu filho, bate muito nele Já consegui ganhar a confiança desses alunos, aos poucos vão se abrindo comigo e mesmo sedo tão pequenos e sofridos conseguiram realizar a atividade proposta.

segunda-feira, maio 10, 2010

Reflexão do palnejamento



Esta semana foi complicada, não consegui realizar o planejamento que preparei por doia motivos: primeiro teve na terça-feira a entrega de kits com material escolar que os alunos recebem todos os anos. Os alunos ficaram eufóricos, pois quem fez a entrega foi o prefeito Carlos Brum e a secretáira de educação Jussara Veras Bitencourt.
Também iniciou esta semana as horas atividades com o auxílio de outros professores, então era muita novidade para eles.
Aprendi na interdisciplina de didática que nosso planejamento precisa ser reflexivo, por este motivo é importante os registros no diário. Em um trecho do texto “Planejamento: em busca de caminhos” (Rodrigues, 2001), Madalena Freire (1983: 77) diz: “ O diário torna-se importante instrumento de reflexão constante na prática do professor. Através dessa reflexão diária ele avalia e planeja sua prática. É também importante documento, onde o vivido é registrado com a colaboração dos alunos. Neste sentido, educador e educando, juntos repensam sua prática”.
Ainda com o texto também aprendi que os acontecimentos devem ser pensados em função dos alunos e que é fundamental proporcionar atividades para o conhecimento de si mesmos, uns dos outros e do mundo, intermediar a relação entre aluno, professor e o meio.
Senso assim não tinha como deixar um acontecimento como a entrega dos ktis passar despercebido.

domingo, maio 02, 2010

Trabalhos em grupo

Dobradura historiada

Alunos confeccionando jogo da memória dos animais
Durante essa semana fiz com meus alunos trabalhos em grupos, coisa que achei que não conseguiria devido o meu espaço em sala de aula. Construímos um jogo da memória com animais (masculino e feminino). Eles usaram recortes de revistas, livros e papel pardo. Na quarta feira dia 28/04 para comemorar o dia da educação fizemos uma atividade de dobradura, demos o nome de "dobradura historiada" conforme ouviam a história (foi inventada) confeccionavam as dobraduras com os personagens.

Tivemos também palestras oferecidas pelo município quinta e sexta. Eu assisti na quinta-feira "Avaliação" e confesso que não ouvi nenhuma novidade, pois a interdisciplina de Didática foi muito mais proveitosa, tudo o que ela falou já tinha visto nas atividades e textos oferecidos. Nesta inter trabalhamos com o texto: Rumo a uma avaliação inclusiva e O contexto da prática avaliativa no cotidiano escolar de GOÑI, Javier Onrubia. Após as leituras destacamos aspéctos importantes relacionados aos temas:
Diferenciações entre avaliação "classificatória" e "mediadora"
Posição reducionista da avaliação escolar
Visão unilateral da avaliação
A postura ética do professor frente a avliação

Acho que a professora que ministrou a palestra contou muitas histórinhas do município onde trabalha e direcionou mais para os professores de àrea, nos deu poucas dicas de como deve ser mesmo uma avaliação, como vimos na Didática que mostrou que avaliação deve ser: "... por si a avliação deve ser inclusiva e, por isso mesmo, democrática e amorosa. Por ela, onde quer que se passe, não há exclusão, mas sim diagnóstico e construção". Quero deixar claro que esta é a minha opinião, foi a minha percepção.
Na sexta-feira "Inclusão escolar" foi mais proveitoso, pois foi uma palestra interativa conforme tinhamos nossas dúvidas iámos fazendo os questionamentos e percebi que os professores que estavam dando a palestra também gostaram, pois assim como nos davam dicas para trabalhar com alunos com necessidades educativas especiais também levaram dicas como: uma professora do nosso município que tem um aluno que não consegeu segurar o lápis ela levou para sala de aula um teclado velho de computador e ela disse que ali aprendeu aconhecer o alfabeto, os palestrantes adoraram.

Isso prova que a troca é o principal, pois ninguém é o dono do saber.
Uma boa semana !!